quinta-feira, 31 de março de 2011

Drags on Music: Sahara Davenport - Pump With Me

Uma das favoritas para o prêmio da segunda temporada do reality show americano Rupaul's Drag Race lança seu vídeo clipe Pump With Me. Muita fechação, close e cores!!! Ahh, Sahara Davenport canta o clipe todo, fica ai a dica para as drags que querem inovar em seus shows!

Quadro de Exportações 2009/2010 - Destinos


Abaixo segue tabela de exportações dos anos de 2009 e 2010. No topo está os EUA com cerca de 29042 pares de calçados em 2010. 

Um bom mercado para investir, pois a cada ano demosntra um grande potencial de desenvolvimento.




Tabela de Exportações por Destino - 2009/2010

terça-feira, 29 de março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

Rem D. Koolhaas + Galahad Clark = United Nude

Sobrinho do arquiteto holandês Rem Koolhaas, Rem D. Koolhaas se associou a Galahad Clark e fundaram a marca UNITED NUDE em 2003. Juntos vem se destacando por seus projetos arquitetônicos, não no mundo da arquitetura no qual é formado Rem D., e sim como designers de calçados.

Rem. D. Koolhaas, à esquerda - Galahad Clark, à direita.


Com seu sucesso a grife ganhou lojas em diversos lugares como Portugal, Amsterdã, Nova York, Xangai, Londres, Viena, Tianjin e diversas outras cidades em cerca de quarenta países. Sua linha de produtos cada vez mais cresce e demonstra que eles não brincam em serviço e inovam a cada coleção.
Abaixo, alguns modelos que demonstram seu potencial no mercado e deixam sua identidade no setor calçadista. Sofisticação, inovação e ousadia são três palavras que podem descrever esses dois designers dos quais ainda ouviremos falar por um longo tempo.


X Wedge Buckle





Abstract



Block Ankle Strap


Cup Hi Top




Elastic Tangle Hi
 


Fold Hi





Ultra Loop


Mais informações no site: www.unitednude.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Futebol das Drags - Comemoração de 15 anos da Blue Space

No final da semana passada foi comemorado o aniversário de 15 anos da boate Blue Space em São Paulo. O babado forte mesmo ficou por conta do futebol das Drags realizado no domingo(20), que jogaram contra os homens. Confira abaixo e divirta-se com a narradora do jogo: Silvetty Montilla.





sexta-feira, 18 de março de 2011

Inspiração - Gorgeous Arabian

Para quem deseja fazer a linha rica e dona de um poço de petróleo na Arábia, ai vai uma dica de como se transformar em uma Drag Arábica, ou pelo menos na Make-Up. Vamos lá garotas, mostrem todos o seus poderes e Ahazem....


quinta-feira, 17 de março de 2011

Horseshoes for Humans

Criado para a comemoração do evento Cheltenham, as famosas corridas de cavalos que acontece na cidade de Cheltenham na Inglaterra, o Horseshoes for Humans surgiu a partir das patas de cavalos que particiapam do evento.



A pata foi feita de fibras de caborno e o restande de pelos de cavalos com aproximadamente 5000 fios. O preço de cada par de botas está estipulado em £ 1300 e a renda será revertida para a caridade.


Infuência da arte do Origami nos calçados

O Origami, arte tradicional japonesa de dobrar papeis está cada vez mais popular pelo mundo. Resultado disso é o trabalho realizado pela designer Catharine Meute que ganha forma ao ser montado pelos consumidores. Confira abaixo o calçado em suas duas formas, desmontado e montado.




domingo, 13 de março de 2011

Drag com Vodka Absolut

A Vodka Absolut inovou mais uma vez e apostou nas Drag Queens como protagonistas da sua nova série de comerciais. As participantes são da segunda temporada do reality show Rupaul Drag Race no qual elege a nova Top Drag da América, e é exibido no canal Logo Tv. Atualmente o reality está na terceira temporada e faz o maior sucesso nos Estados Unidos. 
Confira o video abaixo estrelado por Jujubee, Tyra Sanchez, Raven, Tatiana, Pandora Boxx e Jessica Wild da segunda temporada de Rupaul's Drag Race.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Obra Análoga - Iris Van Herpen AIFW S/S 2011

Foca nos sapatos!!!

FashionMag.com Brasil - Crysalis evidencia contrastes em coleção

O universo feminino e o masculino inspiram a nova coleção da Crysalis que utiliza materiais derivados da camurça envelhecidos e desgastados.

FashionMag.com Brasil - Crysalis evidencia contrastes em coleção

A marca Werner traz estilos diversificados para a próxima estação.

Em sua nova coleção, a marca gaúcha vem abusando nas reproduções animais de zebra, onça, lagarto, serpente, avestruz e até de elefantes.
Confira:

FashionMag.com Brasil - Werner traz estampas de animais em seus calçados

Werner Calçados

Mercado

O número superou a perspectiva da entidade divulgada em junho, que previa um crescimento de 5,5% em volume de produtos.


Confira no link abaixo um resumo da publicação.

sexta-feira, 4 de março de 2011

um pouco de história em imagens. . .

Sandália egipcia datada 8.000 a.C. Fonte: de Sapatilha


Sapato em couro 3500 a.C. Fonte: Calçado Desportivo
A múmia, "Ötzi o Homem do gelo", encontrada nos Alpes italianos, calçava um par de sapatos à prova de água, aparentemente feitos para caminhar na neve; a sola feita de pele de urso, a parte superior em couro de veado e uma rede feita de cascas de árvores. Como isolante térmico, na função de meias, Ötzi utilizava tufos de erva macia, que envolviam o pé.

Sapato de couro de 800 a 400 a.C. no Museu Hallstatt, na Áustria. Foto: Opodeldok


Reprodução de um sapato alemão de couro do século II. Foto: Bullenwächter

Sabatons, presentes nas armaduras. Alemanha, 1490. Fonte: The Bata Shoes Museum


Chapins Veneziano, 1600 - Fonte: SAPATOS, O'Keeffe, Linda.
Os CHAPINS eram construidos com camadas de cortiça e forrados com luxuosos veludos. A barra decorada  na base desta plataforma foi lavrada com filigrama de prata dourada e taxas de cabeça larga.

Dizia-se que os maridos venezianos introduziram 
os pesados chapins de madeira para evitar 
que as mulheres fugissem.

quinta-feira, 3 de março de 2011

um pouco de História. . .

A História Dos Calçados Até O Século Xix

Autor: Fábio Marcelo Espíndula



Nós humanos somos extremamente jovens se comparados com alguns animais. Por algum motivo desconhecido, a natureza não foi tão generosa com nossos pés quando se comparado com as patas de outros animais, como as macias patas dos gatos e cachorros, ou a resistência dos cascos de cavalos e outros. Assim sendo, o calçado nasce da necessidade prover proteção aos pés do homem para que estes pudessem se locomover sobre terrenos ásperos e em condições climáticas desfavoráveis. É bastante provável que os calçados pré-históricos eram compostos por folhas de plantas, cascas de árvores, cipós, peles e couros de animais.

Não há dúvidas de que os calçados são uma das grandes paixões femininas. A preocupação com o adorno dos pés acompanha a humanidade desde períodos pré-históricos. Em muitas culturas ou sociedades, os calçados foram e são sinônimos de indicadores de posição social e status econômicos, pois não nada mais desagradável do que um pé mal calçado, mesmo que se esteja vestindo uma roupa de milhares de dólares. Os pés são além de ponto estético, uma área de grande sensualidade em todas as culturas. Freud postulava que o calçado feminino simboliza a vagina. O ato de calçar os sapatos, portanto, seria uma simbologia do ato sexual.

Há países ao redor do mundo, que a maioria da população ainda não utiliza o calçado em seu dia-a-dia, ficando este associado a ocasiões especiais.

Alguns historiadores datam os primeiros calçados entre 3.000 A.C. e 2.000 A.C. no Antigo Egito, mas resquícios históricos encontram evidências no Período Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, sendo que estas evidências datam entre 14.000 A.C. e 10.000 A.C., uma vez que pinturas rupestres encontradas na Europa em países como França e Espanha, fazem referencias a utensílios utilizados para a proteção dos pés deste homem pré-histórico. 

Estas datas entre 14.000 A.C e 10.000 A.C. podem ser atribuídas à divisão do Período Paleolítico, como Paleolítico Superior, onde o homem já era obrigado a morar em cavernas, devido ao intenso resfriamento da Terra, principalmente no norte da Europa que ficava coberto pelo gelo em conseqüência da 4ª Era Glacial. O Homem deste período é o Homem de Cro-Magnon, que já é o homem propriamente dito. Caçava animais de grande porte como mamutes e renas, utilizando para isso armadilhas montadas no chão. Já nesta época utilizavam-se de alguns utensílios de pedra que serviam para raspar as peles, o que mostra que a arte de curtir couros e peles é muito antiga.

Já no Egito por vola de 7.000 e 6.000 A.C. nos Hipogeus (monumentos funerários subterrâneos do período pré-Cristão) câmaras subterraneas utilizada para enterros, foram descobertas várias pinturas que representavam os diversos etágios do preparo do couro e do calçado.

No Antigo Egito que inicia-se em cerca de 3150 A.C., altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto, e termina em 30 A.C. quando o Egipto, já então sob dominação estrangeira, transformou-se numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio, as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.

Na Mesopotâmia eram comuns os calçados de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social. A Mesopotâmia nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos), é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um planalto de origem vulcânica localizado no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por desertos. Os principais povos que habitaram as Mesopotâmia foram: Sumérios e Acadianos (antes de 2.000 A.C.); Amoritas (2.000 A.C.-1.750 A.C.); Assírios (1.300 A.C.-612 A.C.); Caldeus (612 A.C.-539 A.C.).

Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo. Grécia Antiga é o termo denominado para descrever o período clássico antigo do mundo grego e áreas proximas como França, Sul da Itália, Anatólia, Costa do Mar Egeu e Chipre. Não existindo uma data fixa, ou se quer um consensso que consiga definir um período que marque o início ou o fim da Grécia Antiga. Alguns escritores atribuem o período minóico e o micênico entre 1.600 A.C. a 1100 A.C.. Tradicionalmente a Grécia Antiga abrange desde os primeiros Jogos Olímpicos em 776 A.C., sendo que alguns historiadores estende o começo para 1.000 A.C., até a morte de Alxandre, O Grande em 323 A.C.. O dramaturgo Aeschylus, exigia que seus atores que encenavam papeis heróicos nas tragédias gregas, utilizassem calçados com grossos solados de cortiça, para parecem grandes e imponentes, sendo que a partir daí, os artesões da Grécia Antiga criaram as sandálias artísticas.

Na Roma Antiga o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, os calçados tradicionais das legiões eram as botas de canos curtos que descobriam os dedos, existiam também os "caligaes" uma espécie de sandália bastante rústica de couro pesado e solado grosso, muitas vezes presas com taxas de bronze, estes calçados permitiram a estas legiões marcharem por toda Europa, Norte da África e Ásia Ocidental. Após os combates eram comuns os caligaes receberem camadas de peles das faces de seus inimigos, que eram adicionadas aos seus solados, essa tradição foi herdada dos egípcios, onde eles assim podiam literalmente pisar nas cabeças em seus inimigos. Os soldados vitoriosos ao voltarem das guerras, substituíam as taxas e adornos de seus caligaes de bronze por peças de ouro e prata. 

Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII A.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural, no entanto, uma série de fatores sócio-políticos causou o seu declínio e o império foi dividido em dois. 

A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes. 

A metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 D.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

Com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (em 476 D. C.), é terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 D.C.).

O período da Idade Média é marcada por uma grande mudança de compotamento, atingindo também a indumentária, onde os ensinamentos cristãos pregavam a não exposição dos corpos, diferentemente dos povos que os antecedoram, como os egípcios, gregos e romanos, os quais exibiam constantemente seus corpos. Essa drástica mudança na idunmentária atingiu também os calçados, onde as sandálias que esibiam os pés deixam de ser usadas, danado espaços botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado para os homens, já para a mulheres, sapatos abertos que tinham uma forma semelhante a das sapatilhas. O material mais utilizado era o couro de gado, mas as botas de qualidade superior eram feitas de couro de cabra, embora pudessem ser bem mais desconfortáveis do que se possa imaginar, mesmo assim, os calçados estavam entre os presentas mais procurados neste período.

Tendo início as Cruzadas, veio o contato com o Oriente e a influência deste, causou mudanças nos estilos dos calaçdos, originando um calçado mais coerente e decorado. Surge neste momento os sapateiros, profissionais responsáveis por promover calçados de qualidades.

Durante a Idade Média, que sugiu a padronização da numeração dos calçados, tendo sua origem na Inglaterra durante o reinado de Eduardo I (1.239 a 1.307), por volta de 1.305, ele decretou que fosse considerada como uma polegada a medida de 3 grãos de cevada, colocados lado a lado. Os sapateiros ingleses gostaram da idéia e passaram a fabricar, pela primeira vez na Europa, sapatos em tamanho padrão, baseados no grão de cevada. Desse modo, um calçado infantil medindo treze grãos de cevada passou a ser conhecido como tamanho 13 e assim por diante.

O Renascimento identifica o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, quando diversas transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências. 

É durante o Renascimento que os calçados tamam formas e alturas bastante interessante, chegando a ser descrito por muitos como extremamente ridículos. Entre os séculos XIV e XV, surgem as "poulaines", difundidas em toda a Europa e principalmente na França e Inglaterra, este calçado caracterizava-se pelo estreitamento e alongamento das pontas, bicos. O comprimento do bico do calçado era proporcional à posição do indivíduo na sociedade, quanto mais alto o nível na escala social, maior o bico e se tornou uma competição hierárquica. Eram fabricados em couros, veludos, brocados e bordados em fios de ouro. Até as armaduras seguiram esse gênero com sapatos de ferro e bico revirado. Foi rei Francisco I (1.515 a 1.547) da França, quem decretou o fim deste tipo de calçado e ainda no século XV, este tipo de pontas aguçadas foi proibido pelo rei da Inglaterra Henrique VIII (1.509 a 1.547), por ter pés largos e inchados, achava esse tipo de calçado achava inconveniente e doloroso. A partir daí, são aceitos os chinelos rasteiros com base larga e muito mais confortáveis.

A ascensão da burguesia nos séculos XV e XVI, devido ao desenvolvimento do comércio originou nova classe social. O desenvolvimento deste comércio trouxe diversidade de peças do vestuário, inclusive os calçados, tornando-os mais diversificados, refinados e complexos. O calçado aparece como peça bastante trabalhada e passa a ser peça indispensável no vestuário. Quase sempre cada roupa exige um calçado e este é fabricado com os mesmos tecidos e ornamentos. 

Os calçados masculinos têm as formas quadradas e largas, mais cômodas que no século anterior permitindo assim, maior transpiração e conforto para os pés. As botas que inicialmente exclusivo de uso dos exércitos, chegavam a atingir a coxa.

Iniciou-se neste período o uso do salto que foi criado para elevar a altura das mulheres, os primeiros saltos foram confeccionados em cortiça em forma de cunha, acompanhando o formato do arco do pé, elevando a altura apenas no calcanhar. Existem diferentes opiniões a respeito dos saltos altos, alguns como origem das "chopinas" (blocos de madeira utilizada como base/solado, onde o calçado era confeccionado), provenientes da China ou Turquia, eram sandálias com plataformas onde a altura dos solados apontava o nível social e chegava a atingir 40 cm. Havia casos de senhoras da corte que elevaram suas plataformas até 70 cm e precisavam às vezes de dois criados, um de cada lado para conseguir o equilíbrio, as chopinas foram inicialmente utilizadas pelos nobres, passando pela burguesia e chagando as camadas sociais mais baixas, daí foram desprezadas pela elite, sendo que as últimas as utilizarem as chopinas foram às prostitutas. 

As plataformas e os saltos altos estão desde a Antigüidade associados a situações solenes e rituais, quando todo o universo gestual e os movimentos corporais, na época bastante contidos, estão relacionados a reverências e comportamentos formalizados. As mulheres mais observadoras imaginaram que suas silhuetas poderiam ganhar contornos mais sensuais com o calcanhar elevado, projetando o tórax para frente e dessa maneira ressaltando os seios. Até 1.600 não havia nada que realmente pudesse ser chamado de salto, nos anos de 1.590, até já tinham produzido alguns saltos baixos de madeiras ou cortiças, antes disso foram utilizados cunhos de cortiça ou empilhamento de camadas de couros, mas sem muito sucesso devido à dificuldade no caminhar. Uma vez com o surgimento do verdadeiro salto, com o conceito que conhecemos hoje, as outras formas de saltos desaparecem rapidamente. Em pleno século XVII, a fabricação de calçados com saltos originavam calçados com pouca estabilidade, causando freqüente falta de equilíbrio durante a utilização destes, isto devido às falhas na fabricação dos calçados principalmente na região de encaixe do salto, causando também problemas de emparelhamentos. Embora o desenvolvimento dos calçados desde o período Romano, já vinha sendo produzidos para pés direitos e esquerdos, porém a parte traseira dos calçados não havia diferenças entre os dois pés, então para dar mais estabilidades aos calçados com saltos, iniciou-se uma maior preocupação com detalhes e diferenciações entre pés esquerdos e direitos também na parte traseira. Durante a Guerra Civil Americana as botas dos exércitos passam a ser fabricadas com essa diferenciação entre os pés também na parte traseira e foi muito bem aceita.

É também neste período que é conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu 4.000 pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.

No apogeu veneziano, durante o século XVII, luxo e riqueza da influência oriental marcaram os materiais empregados na fabricação de calçados como os brocados, veludos e adamascados fartamente ornamentados. Neste momento surgem as "ciopines", que são calçados com as solas aumentadas com a invenção do "pattino", uma proteção para os delicados sapatos em contato com o solo e a água.

Na França, acontece um fato importante e particular, durante o reinado de Luiz XIV e de Luiz XVI, há introdução nos modelos de calçados masculinos de um salto mais alto e quadrado e também de fivelas e fartos ornamentos.

No século XVIII, a moda se estabeleceu de maneira sistemática e organizada como fenômeno cultural, social e de costume. São estabelecidas as variações do "gosto". Período de muita evolução e os calçados em produção artesanal passa a atender as novas exigências de praticidade e funcionalidade que a sociedade exigia. Ficam caracterizados diferentes ambientes como: Cidade, campo e estrada. Desta maneira, surgem os calçados para o trabalho, para o passeio e várias novas exigências que este novo consumidor necessita.

O estilo predominante dos calçados femininos neste período são as botas em couro ou cetim e trabalhadas de maneira intensa, com saltos robustos e fechamentos laterais, nos quais aparece quase sempre uma carreira de pequenos botões ou amarrações com laços. Nos masculinos todos em couro preto e com a presença do elástico, invenção deste período, que torna o calçar mais confortável. Neste momento a sola ainda era presa ao corpo do sapato com pregos e toda costura era feita à mão.

Com a chegada das Máquinas de Costuras Américas de Isaac Merrit Singer, Elias Howe e Walter Hunt no século XIX, o processo de costura não só acelerou o processo de produção como levou à confecção de um calçado melhor e mais barato. Durante a Revolução Industrial surgem as operatrizes especializadas, como a de McKay. Um fluxo incessante de máquinas sofisticadas revolucionou a indústria dos calçados, de tal modo que, no alvorecer do século XX, ela já entrara na era da produção em massa.



Dados do Autor: Fábio Marcelo Espíndula
Designer de Calçados
Especialista em Criação e Gestão de Moda
Site: http://www.fabiomarcelo.com
Blog: http://www.fabiomarcelo.com/blog
MSN/Orkut: espindula@gmail.com
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Celular: (48) 9975-7000
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Perfil do Autor

Designer de Calçados. Graduado em Design de Calçados, integrante da primeira Turma de Design de Calçados do Brasil, formado pela UNIVALI, atualmente cursando Pós-Graduação em Criação e Gestão de Moda, também pela UNIVALI. Participação no SCMC – Santa Catarina Moda Contemporânea entre os anos de 2006 e 2007. Atuando como Freelancer, nas Indústrias de Calçados, Solados e Saltos, com desenvolvimento de Coleções e Consultoria.